Bio Trimedlure
Praga-alvo: Mosca-das-frutas (Ceratitis capitata)
Cultura: Uso autorizado em qualquer cultura na qual ocorra o alvo biológico indicado. Produto já testado na cultura de Mamão e Citros.
Armadilha: Armadilha tipo Jackson
Classe: feromônio sexual sintético
Apresentação: sache plástico
Finalidade: monitoramento populacional
Comercialização: caixas com 10 unidades
Modo de Usar
Armadilha Jackson: o sachê deverá ser colocado no arame, na parte interna da armadilha.
Armadilha McPhail: o sachê deverá ser colocado no suporte, na parte superior interna da armadilha.
Dose: 1 sachê para cada 3 hectares (áreas regulares). 1 sachê por hectare (áreas irregulares).
Disposição no campo: colocar as armadilhas penduradas nas árvores, no terço superior, em local sombreado.
Avaliação Semanal
Durabilidade em campo: 6 semanas
PROTEÇÃO À SAÚDE HUMANA, ANIMAL E AO MEIO AMBIENTE
- Não permita que menores de idade trabalhem na aplicação deste produto.
- Mantenha afastado das áreas de aplicação crianças, animais domésticos e pessoas desprotegidas.
- Use equipamentos de proteção individual (EPIs).
- Não coma, não beba e não fume durante o manuseio do produto.
- Não desentupa bicos, orifícios ou válvulas com a boca.
- Primeiros socorros e demais informações, vide o rótulo, a bula e a receita.
- Evite a contaminação ambiental, preserve a natureza.
- Não utilize equipamento de aplicação com vazamentos.
- Não lave as embalagens ou equipamentos em lagos, fontes, rios e demais corpos d'água.
- Aplique somente as doses recomendadas.
- AS embalagens vazias devem ser enxaguadas três vezes e a calda restante deve ser acrescentada à preparação a ser pulverizada (tríplice lavagem).
- Descarte corretamente as embalagens e restos do produto.
- Não reutilize as embalagens vazias.
- Periculosidade ambiental e demais informações, vide o rótulo, a bula e a receita.
Leia atentamente o rótulo, a bula e o receituário agronômico, e faça-o a quem não souber ler.
CONSULTE SEMPRE UM ENGENHEIRO AGRÔNOMO. PRODUTO DE USO AGRÍCOLA. VENDA SOB RECEITUÁRIO AGRONÔMICO.
Mosca do mediterrâneo / Ceratitis capitata
Ovo: Ao encontrar o local apropriado, a fêmea introduz o ovipositor através da casca no mesocarpo. Em seguida, faz um movimento para alargar o orifício, a fim de fazer uma câmara onde coloca de 1 a 10 ovos, dependendo do fruto. O ovo é alongado, tem 1 mm de comprimento e assemelha-se a uma pequena banana de coloração branca. São colocados verticalmente na câmara. O período de incubação é de 2 a 6 dias.
Larva: Ao eclodir a larva, esta entra no endocarpo, ou polpa fazendo galerias em direção ao centro. A larva completamente desenvolvida mede cerca de 8 mm de comprimento, é de coloração branco-amarelada, afilada na parte anterior, truncada e arredondada na posterior. Quando retiradas de seu ambiente, dobram o corpo e saltam.
Pupa: Findo o período larval, que varia de 9 a 13 dias, caem no solo e em seguida, aprofundam-se de 1 a 10 cm, de acordo com a consistência do mesmo, transformando-se em pupa. Esta tem a forma de um pequeno barril, mede cerca de 5 mm de comprimento e é de coloração marrom escura. O período pupal varia de 10 a 12 dias, no verão, e até 20 dias no inverno. Findo esse período, emergem os adultos.
Adulto: O adulto é uma mosca que mede de 4 a 5 mm de comprimento por 10 a 12 mm de envergadura, apresentando coloração predominantemente amarela. Após o acasalamento, a fêmea permanece alguns dias em processo de maturação dos ovos. Ao final do período de pré- oviposição, quando se alimenta de proteínas e carboidratos para produzir descendentes férteis, cuja duração é de aproximadamente 11 dias, procura frutos próximos à maturação. Localizado o fruto, caminha sobre ele, a fim de determinar o melhor local para a oviposição. A fêmea inicia a postura após 12 dias do acasalamento. O ciclo evolutivo completo é de 31 dias. Ela pode viver até 10 meses, colocando, nesse período, cerca de 800 ovos. Distingue-se facilmente o macho da fêmea, pois aquele possui, na fronte e entre os olhos, dois apêndices filiformes terminados em forma de espátula.
Danos e Prejuízos
As
moscas-das-frutas produzem danos de grande proporção às culturas de mamão, citros, maçã, maracujá, nectarina, nêspera, pêra, acerola e ameixa. Os frutos atacados pelas moscas apresentam sintomas bem característicos: em volta do local onde foi feita a postura aparece um halo com aproximadamente 2 cm de diâmetro e coloração escura. Quando as larvas nascem, este halo vai ficando com cor acastanhada devido ao apodrecimento da casca. É exatamente aí, sobre esses tecidos destruídos, que se desenvolvem certos fungos. A praga ataca preferencialmente as frutas expostas ao sol. Por apresentar um ovipositor mais curto, a espécie C. capitata ataca apenas os frutos que se encontram em estágio de maturação mais avançado (maduros). A praga é predominante em café, onde são depositados os ovos dentro do fruto maduro e onde a larva atinge sua maturação dentro dele, causando perda da qualidade do café e grandes prejuízos na lavoura. Por ocasião de sua colheita, a mosca-do-mediterrâneo irá atacar variedades tardias de outras culturas.